MEDIUNIDADE NO TEMPO DE JESUS
Introdução
A
mediunidade é uma faculdade humana que consiste na sintonia espiritual entre
dois seres. Normalmente, a usamos para designar a influência de um Espírito
desencarnado sobre um encarnado, entretanto, julgamos que, acima de tudo, por
se tratar de uma aquisição do Espírito imortal, pouco importa a situação em que
se encontram esses dois seres, para que se processe a ligação espiritual entre
eles.
É comum
que ataques ao Espiritismo ocorram por conta desse “dom”, como se ele viesse a
acontecer exclusivamente em nosso meio. Ledo engano, pois, conforme já o
dissemos, é uma faculdade humana, e assim sendo, todos a possuem, variando
apenas quanto ao seu grau.
Os
detratores querem, por todos os meios, fazer com que as pessoas acreditem que
isso é coisa nova, mas podemos provar que a mediunidade não é coisa nova e que
até mesmo Jesus dela pode nos dar notícias. É o que veremos a seguir.
A mediunidade e Jesus
Quando
Jesus recomenda a seus doze discípulos a divulgação de que o “reino do Céu está
próximo” fica evidenciado, aos que estudaram ou vivenciam esse fenômeno, que o
Mestre estava falando mesmo era da faculdade mediúnica. Entretanto, por conta
dos tradutores ou dos teólogos, essa realidade ficou comprometida no texto
bíblico. Entretanto, como é impossível “tapar o sol com uma peneira”, podemos
perfeitamente identificá-la, apesar de todo o esforço para escondê-la.
A
primeira observação que faremos é que por ter tentado a Eva, dizem que a
serpente seria o próprio satanás, entretanto, isso fica estranho, porquanto o
próprio Jesus nos recomenda sermos prudentes como as serpentes. Esse fato
demonstra que tal associação é apenas fruto do dogmatismo que só produz o
fanatismo religioso.
Essa fala
de Jesus é inequívoca quanto ao fenômeno mediúnico: “não fiquem
preocupados como ou com aquilo que vocês vão falar, porque, nessa hora, será
sugerido a vocês”, e arremata: “Com efeito, não serão vocês que
irão falar, e sim o Espírito do Pai de vocês é quem falará através de vocês”.
A tentativa de esconder o fenômeno fica por conta da expressão “o Espírito do
Pai”, quando a realidade é “um Espírito do Pai” a mudança do artigo indefinido
para o artigo definido tem como objetivo principal desvirtuar a fenomenologia
em primeiro plano e em segundo, mais um ajuste de texto bíblico para apoiar a
trindade divina copiada dos povos pagãos.
A mediunidade no apostolado
Um fato,
que reputamos como de inquestionável ocorrência da mediunidade, aconteceu logo
depois da morte de Jesus, quando os discípulos reunidos receberam “como que
línguas de fogo” e começaram a falar em línguas, de tal sorte que, apesar
da heterogeneidade do povo que os ouvia, cada um entendia o que falavam em sua
própria língua. Fato extraordinário registrado no livro Atos dos Apóstolos,
desta forma:
“Quando
chegou o dia de Pentecostes, todos eles estavam reunidos no mesmo lugar. De
repente, veio do céu um barulho como o sopro de um forte vendaval, e encheu a
casa onde eles se encontravam. Apareceram então umas como línguas de fogo, que
se espalharam e foram pousar sobre cada um deles. Todos ficaram repletos do
Espírito Santo, e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes
concedia que falassem. Acontece que em Jerusalém moravam judeus devotos de
todas as nações do mundo. Quando ouviram o barulho, todos se reuniram e ficaram
confusos, pois cada um ouvia, na sua própria língua, os discípulos falarem”. (Atos 2, 1-6).
Aqui
podemos identificar o fenômeno mediúnico conhecido como xenoglossia, que na
definição do Aurélio é: A fala espontânea em língua(s) que não fora(m)
previamente aprendida(s). Mas, como da vez anterior, tentam mudar o sentido,
para isso alteram o artigo indefinido para o definido, quando a realidade seria
exatamente que estavam “repletos de um Espírito santo (bom)”.
Observação: Por ser um tema muito extenso, faremos a publicação do final desta matéria na 2a. semana de agosto/2013.
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