domingo, 26 de julho de 2009

Palestra pública do dia 25/07/2009

No sábado, dia 25 de julho, foi realizada mais uma palestra pública, proferida pelo irmão Severino Rodrigues, do Centro Espírita Cícero Bezerra, da cidade de Patos.
O tema tratou de ensinamentos defendidos pela doutrina espírita, principalmente a Reencarnação e a Lei de Causa e Efeito. Mostrou que a idéia da reencarnação, é muito antiga e é encontrada em quase todos os sistemas religiosos do mundo, mesmo entre as tribos selvagens mais afastadas umas das outras e em todos os continentes da Terra. Grandes pensadores como Pitágoras, Sócrates e Platão, tinham-na como fundamento filosófico.
O palestrante deixou claro que Jesus não criou qualquer religião. Ele apenas ensinou uma ética de vida, afirmando em várias oportunidades que a cada um será dado de acordo com suas obras.
Aproveitamos a oportunidade e levantamos a seguinte questão: POR QUE NASCE UMA CRIANÇA COM INCLINAÇÕES PARA O BEM, E OUTRA QUE DESDE CEDO DEMONSTRA POSSUIR UMA NATUREZA MÁ, PERVERSA OU DESONESTA?
É inconcebível acreditar que um Deus justo e bom pudesse criar seres, fazendo uns nascerem em condições míseras, limitadas pela cegueira, surdez, paralisias, deformações as mais diversas e com outras tantas causas de sofrimentos atrozes, e outros com belos corpos e saúde perfeita.
Mas o conhecimento da reencarnação nos permite entender que somos hoje o resultado do que fizemos em vidas passadas, pois Deus não nos castiga por nossos erros.
Muita paz!
Veja algumas fotos:




sexta-feira, 24 de julho de 2009

Força e coragem

Você se considera uma pessoa de coragem?

E, se tem coragem, também tem força o bastante para suportar os desafios da caminhada?

Em muitas ocasiões da vida, não sabemos avaliar o que realmente necessitamos: se de força ou de coragem.

E há momentos em que precisamos das duas virtudes conjugadas.

Há situações que nos exigem muita força, mas há horas em que a coragem se faz mais necessária.

Eis aqui alguns exemplos:

É preciso ter força para ser firme, mas é preciso coragem para ser gentil.

É preciso ter força para se defender, mas é preciso coragem para não revidar.

É preciso ter força para ganhar uma guerra, mas é preciso coragem para se render.

É preciso ter força para estar certo, mas é preciso coragem para admitir a dúvida ou o erro.

É preciso ter força para manter-se em forma, mas é preciso coragem para ficar de pé.

É preciso ter força para sentir a dor de um amigo, mas é preciso coragem para sentir as próprias dores.

É preciso ter força para esconder os próprios males, mas é preciso coragem para demonstrá-los.

É preciso ter força para suportar o abuso, mas é preciso coragem para faze-lo parar.

É preciso ter força para fazer tudo sozinho, mas é preciso coragem para pedir apoio.

É preciso força para enfrentar os desafios que a vida oferece, mas é preciso coragem para admitir as próprias fraquezas.

É preciso força para buscar o conhecimento, mas é preciso coragem para reconhecer a própria ignorância.

É preciso força para lutar contra a desonestidade, mas é preciso coragem para resistir às suas investidas.

É preciso força para enfrentar as tentações, e é preciso coragem para não cair nas suas armadilhas.

É preciso ter força para gritar contra a injustiça, mas é preciso muita coragem para ser justo.

É preciso força para pregar a verdade, mas é preciso coragem para ser verdadeiro.

É preciso força para levantar a bandeira da paz, mas é preciso coragem para construí-la na própria intimidade.

É preciso ter força para falar, mas é preciso coragem para se calar.

É preciso força para lutar contra a insensatez, mas é preciso coragem para ser sensato.

É preciso ter força para defender os bens materiais, mas é preciso coragem para preservar o patrimônio moral.

É preciso ter força para amar, mas é preciso coragem para ser amado.

É preciso ter força para sobreviver, mas é preciso coragem para aprender a viver.

Enfim, é preciso ter muita força para enfrentar as batalhas do dia-a-dia, mas é preciso muita coragem moral, para vencer-se a si mesmo.

Força e coragem: duas virtudes com as quais podemos conquistar grandes vitórias. E a maior delas é a vitória sobre as próprias imperfeições.

***

A coragem de vencer-se antes que pretender vencer o próximo, de desculpar antes que esperar ser desculpado e de amar apesar das decepções e desencantos, revela o verdadeiro cristão, o legítimo homem de valor.

Por essa razão a coragem é calma, segura, fonte geradora de equilíbrio que alimenta a vida e eleva o ser aos altos cumes da glória e da felicidade total

A questão do tempo

O vestibulando chega correndo ao local da prova, mas o portão se fecha à sua frente. Ele senta e desaba.

Tanto esforço. Tanta preparação. Tanto estudo. Tudo perdido por um atraso mínimo de segundos.

O pedestre observa o sinal vermelho, mas decide atravessar correndo porque está atrasado para um compromisso.

Freada brusca. Susto. Talvez ferimentos graves. Tudo por questão de um segundo de precipitação.

O funcionário chega correndo, esbaforido, bate o cartão e vai para seu local de trabalho.

Ali, precisa de alguns minutos para se recompor. Subiu as escadas correndo, porque os elevadores estavam lotados e ele não desejava se atrasar, a fim de não ter descontados valores ao final do mês em seu salário.

Desculpas se sucedem a desculpas. Não deu tempo. Não foi possível chegar. Perdi o ônibus. O trânsito estava terrível na hora em que saí.

Tempo é nossa oportunidade de realização, que devemos aproveitar com empenho.

A nossa incapacidade de planejar o tempo provoca a desarmonia e toda a série de contratempos.

O tempo pode ser comparado a uma moeda. Se tomarmos de uma porção de ouro e cunharmos uma moeda, poderemos lhe dar o valor de um real.

Este será o valor inscrito mas o valor verdadeiro será muito maior, representado pela quantidade do precioso metal que utilizamos.

As moedas do tempo têm uma cunhagem geral, que é igual para todos: um segundo, um mês, um ano, um século. Mas o valor real dependerá do material com que cunhamos o nosso tempo, isto é, o que fazemos dele. Para um correto aproveitamento desse tesouro que é o tempo, é preciso disciplina.

Para evitar correria, levantemos um pouco mais cedo. Preparemo-nos de forma mais rápida, sem tanta "enrolação".

Deixemos, desde a véspera, o que necessitaremos para sair, mais ou menos à mão, evitando desperdícios de minutos a procura disto ou daquilo.

Se sabemos que o trânsito, em determinados horários, está mais congestionado, disciplinemo-nos e nos programemos para sair um pouco antes, com folga.

Esses pequenos cuidados impedirão que percamos compromissos importantes, que tenhamos de ficar sempre criando desculpas para justificar os nossos atrasos, que tenhamos taquicardia por ansiedade ao ver o relógio dos segundos correr célere, demarcando os minutos e as horas.

***

Na órbita das nossas vidas, não joguemos fora os tempinhos tantas vezes desprezados.

Aproveitemos para escrever um ligeiro bilhete de carinho a alguém que esteja enfrentando momentos graves.

Telefonemos a um familiar ou amigo que não vejamos há muito tempo.

Cuidemos de um vaso de planta. Desenvolvamos idéias felizes para fazer o bem a alguma pessoa que saibamos necessitada.

Valorizemos os minutos para descobrir motivos gloriosos de viver, para aprender a amar a vida e iluminar o nosso caminho.


Autor:
Fonte: Vereda familiar - cap. 3 Uma razão para viver - cap. O grande tesouro

O que possuímos

É interessante anotar como desejamos, no mundo, tantas coisas, que nos parecem imprescindíveis.

Quantas vezes, em meio às tarefas que nos cabem, na oficina de trabalho, não desejamos um emprego melhor?

Pois é. Gostaríamos de um melhor ambiente de trabalho, um chefe menos rigoroso, uma carga horária menor, um salário maior.

No entanto, centenas de pessoas anseiam somente por ter um emprego. Qualquer que fosse. Um salário mínimo, ao menos, para saírem da penúria total.

Quantas vezes reclamamos dos pratos servidos no almoço e no jantar? Sempre a mesma coisa. Parece que a cozinheira está desprovida de idéias ou anda com preguiça.

Entretanto, enquanto almejamos pratos mais sofisticados e variados, milhares, no mundo todo, desejam apenas um prato de comida.

Olhamo-nos no espelho e reclamamos da cor dos olhos. Como seria bom se tIvéssemos olhos claros. Ou escuros. Mais esverdeados.

Contudo, inúmeras criaturas aguardam simplesmente a oportunidade de enxergar. Anseiam por uma córnea, uma cirurgia que os libere da cegueira em que se encontram.

Encantamo-nos com as vozes do cantor, do locutor e desejaríamos ter uma voz bonita, cristalina. Ou encorpada, máscula.

Ao nosso lado, porém, caminham muitos que desejariam apenas ter a ventura de falar, em qualquer tom.

Pensamos, olhando nossos pais, que seria muito bom se eles fossem mais esclarecidos, tivessem diplomas universitários, conhecessem o mundo.

Tivessem, enfim, uma visão mais ampla do mundo.

Seria tão bom! Mas, em nosso mesmo bairro, existem dezenas de pessoas que almejariam simplesmente ter pais.

Fossem eles iletrados, analfabetos, pobres de entendimento. Mas que estivessem ao seu lado para amá-los.

Reclamamos da rua barulhenta em que se situa a nossa casa, do cachorro do vizinho que late toda noite, perturbando-nos o sono.

Desejaríamos silêncio. Um bairro tranqüilo, cães disciplinados, ruas sem trânsito. Muito silêncio para nossa leitura, nosso descanso, nosso lazer.

Nem nos damos conta que centenas de criaturas almejam ardentemente, simplesmente ouvir. O que quer que seja. O ruído do trânsito, o apito das fábricas, a gritaria da criançada.

Qualquer coisa, contanto que pudessem ouvir.

Olhamos, com olhos de desejo, as vitrinas abarrotadas de sapatos lindos. Modelos recém chegados. Lançamentos.

Gostaríamos tanto que nosso orçamento nos permitisse comprar um novo par. Afinal, os nossos já andam um pouco gastos e fora de moda.

Enquanto olhamos para nossos pés, desejando novos sapatos, muitos contemplam os próprios membros inferiores, desejando apenas ter pés.

Pensamos num carro novo, mais confortável. Um carro com porta-malas maior, que caiba mais coisas.

Enquanto isso, bem próximo de nós, muitos apenas sonham com a possibilidade de se locomover de um lado a outro com as próprias pernas.

É justo sonhar. É bom desejar melhorar o padrão de vida. Isto faz parte do progresso do ser humano.

Entretanto, que esses anseios não se constituam em nossa infelicidade. Não esqueçamos de valorizar o que já temos.

Valorizemos a possibilidade de andar, ouvir, enxergar, de nos locomover de um a outro lado, por nossa própria conta.

Agradeçamos o emprego que nos permite o atendimento das nossas necessidades.

Sejamos gratos pela nossa família, pequena ou grande. Ilustrada ou não.

Agradeçamos, enfim, a Deus, pelo dom da vida. Por estar na terra, abençoada escola.

Por respirar, por poder abraçar, por ter a quem abraçar.

Agradeçamos simplesmente, por viver este dia.


Autor:
Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita.

domingo, 12 de julho de 2009

A PORTA MAIS LARGA DO MUNDO

Conta-se que um dia um homem parou na frente do pequeno bar, tirou do bolso um metro, mediu a porta e falou em voz alta: dois metros de altura por oitenta centímetros de largura.

Admirado mediu-a de novo.

Como se duvidasse das medidas que obteve, mediu-a pela terceira vez. E assim tornou a medi-la várias vezes.

Curiosas, as pessoas que por ali passavam começaram a parar.

Primeiro um pequeno grupo, depois um grupo maior, por fim uma multidão.

Voltando-se para os curiosos o homem exclamou, visivelmente impressionado: "parece mentira!" esta porta mede apenas dois metros de altura e oitenta centímetros de largura, no entanto, por ela passou todo o meu dinheiro, meu carro, o pão dos meus filhos; passaram os meus móveis, a minha casa com terreno.

E não foram só os bens materiais. Por ela também passou a minha saúde, passaram as esperanças da minha esposa, passou toda a felicidade do meu lar...

Além disso, passou também a minha dignidade, a minha honra, os meus sonhos, meus planos...

Sim, senhores, todos os meus planos de construir uma família feliz, passaram por esta porta, dia após dia... gole por gole.

Hoje eu não tenho mais nada... Nem família, nem saúde, nem esperança.

Mas quando passo pela frente desta porta, ainda ouço o chamado daquela que é a responsável pela minha desgraça...

Ela ainda me chama insistentemente...

Só mais um trago! Só hoje! Uma dose, apenas!

Ainda escuto suas sugestões em tom de zombaria: "você bebe socialmente, lembra-se?"

Sim, essa era a senha. Essa era a isca. Esse era o engodo.

E mais uma vez eu caía na armadilha dizendo comigo mesmo: "quando eu quiser, eu paro".

Isso é o que muita gente pensa, mas só pensa...

Eu comecei com um cálice, mas hoje a bebida me dominou por completo.

Hoje eu sou um trapo humano... E a bebida, bem, a bebida continua fazendo as suas vítimas.

Por isso é que eu lhes digo, senhores: esta porta é a porta mais larga do mundo! Ela tem enganado muita gente...

Por esta porta, que pode ser chamada de porta do vício, de aparência tão estreita, pode passar tudo o que se tem de mais caro na vida.

Hoje eu sei dos malefícios do álcool, mas muita gente ainda não sabe. Ou, se sabe, finge que não, para não admitir que está sob o jugo da bebida.

E o que é pior, têm esse maldito veneno, destruidor de vidas, dentro do próprio lar, à disposição dos filhos.

Ah, se os senhores soubessem o inferno que é ter a vida destruída pelo vício, certamente passariam longe dele e protegeriam sua família contra suas ameaças.

Visivelmente amargurado, aquele homem se afastou, a passos lentos, deixando a cada uma das pessoas que o ouviram, motivos de profundas reflexões.

Você sabia?

Você sabia que, segundo o Ministério da Saúde, no ano de 2001 foram internados 84.467 brasileiros por transtornos mentais e comportamentais devido ao uso do álcool, demandando um gasto de mais 60 milhões de reais?

Ainda segundo o Ministério da Saúde, o álcool é a droga mais usada pelos jovens no Brasil.

Segundo pesquisa realizada em 14 capitais brasileiras em 2001, pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), o consumo começa cedo: em média, aos 13 anos. E o pior é que o álcool é a porta principal de acesso às demais drogas.

E você sabia que a influência da TV e do Cinema nos hábitos de crianças e adolescentes foi recentemente comprovada por pesquisadores da Escola de Medicina de Dartmouth, nos Estados Unidos?

Por todas essa razões, vale a pena orientar nosso filho para que não seja mais um a aumentar essas tristes estatísticas.


Autor:
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em história de autoria desconhecida e em matéria publicada pela Folha de São Paulo em 24/03/2002, intitulada "Nunca se bebeu tanto na TV.

AMOR SEM ILUSÃO

Conta-se que um jovem caminhava pelas montanhas nevadas da velha Índia, absorvido em profundos questionamentos sobre o amor, sem poder solucionar suas ansiedades. Percebeu que, pelo mesmo caminho, vinha em sua direção um velho sábio.

E porque não conseguia encontrar uma resposta que lhe aquietasse a alma, resolveu pedir ao sábio que o ajudasse.

Aproximou-se e falou com verdadeiro interesse:

Senhor, desejo encontrar minha amada e construir com ela uma família, com base no verdadeiro amor.

Todavia, sempre que me vem à mente uma jovem bela e graciosa e eu a olho com atenção, em meus pensamentos ela vai se transformando rapidamente.

Seus cabelos tornam-se alvos como a neve, sua pele rósea e firme fica pálida e se enche de profundos vincos.

Seu olhar vivaz perde o brilho e parece perder-se no Infinito. Sua forma física se modifica acentuadamente e eu me apavoro.

Desejo saber, meu sábio, como é que o amor poderá ser eterno, como falam os poetas?

Naquele mesmo instante, aproxima-se de ambos uma jovem envolta em luto, trazendo no rosto expressões de profunda dor.

Dirige-se ao sábio e lhe fala com voz embargada:

Acabo de enterrar o corpo de meu pai, que morreu antes de completar 50 anos.

Sofro, porque nunca poderei ver sua cabeça branca aureolada de conhecimentos, seu rosto marcado pelas rugas da experiência, nem seu olhar amadurecido pelas lições da vida.

Sofro, porque não poderei mais ouvir suas histórias sábias, nem contemplar seu sorriso de ternura.


Não sentirei suas mãos enrugadas tomando as minhas com profundo afeto.

Naquele momento, o sábio dirigiu-se ao jovem e falou com serenidade:

Você percebe agora as nuanças do amor sem ilusões, meu jovem?

O amor verdadeiro é eterno porque não se apega ao corpo físico, mas se afeiçoa ao ser imortal que o habita temporariamente.

É nesse sentimento sem ilusões nem fantasias que reside o verdadeiro e eterno amor.

* * *

A lição do velho sábio é de grande valia para todos nós que buscamos as belezas da forma física, sem observar as grandezas da alma imortal.

O sentimento que valoriza somente as aparências exteriores não é amor, é paixão ilusória.

O amor verdadeiro observa, além da roupagem física que se desgasta e morre, a alma que se aperfeiçoa, para prosseguir vivendo e amando pela Eternidade afora.

* * *

As flores, por mais belas que sejam, um dia murcham e morrem.

Mas o seu perfume permanece no ar e no olfato daqueles que o souberam guardar em frascos adequados.

O corpo humano, por mais belo e cheio de vida que seja, um dia envelhece e morre.

Mas as virtudes do Espírito que dele se liberta, continuam vivas nos sentimentos daqueles que as souberam apreciar e preservar, na ânfora do coração.

Pensemos nisso!

Redação do Momento Espírita. Disponível no CD Momento Espírita, v. 11, ed. Fep. Em 03.03.2008