quarta-feira, 24 de junho de 2009

Confiança em Deus

A perspectiva do Cristo em nossas vidas modifica completamente o nosso existir na Terra, porque ela rejubila o nosso ser trazendo-nos novos horizontes e resplandecendo um novo alento.

Queira o Nosso Senhor Jesus Cristo que tenhamos a lucidez necessária para distinguirmos o certo do errado. Não é sem demora separar o joio do trigo em nossas vidas. Digo isto porque muitos podem parecer aquilo que não são e com muita sabedoria. A inteligência é prodigiosa e pode conseguir produzir muitos feitos, por isso cuidado é pouco, sobretudo nos dias de hoje em que o aparecimento de falsos Cristos e falsos profetas serão mais constantes.

Tudo que existe na vida tem uma razão de ser. Nada acontece por acaso. Tem a sua razão de existir. Sabendo disto, não podemos nos demorar em encontrar nexo nas coisas que acontecem nas nossas vidas. Tudo, sem exceção, tem um encaixe perfeito no plano de Deus. Se não há harmonia no construir das coisas, então isto9 não vem de Deus. Pergunte-se sempre: por que isto não está acontecendo na minha vida? Por que estou passando por esta situação conflitante?

Se confiamos em Deus, se colocamos, de fato, e não apenas da boca pra fora, o verbo de Deus, então confiaremos que a situação presente tem uma explicação divina em nossas vidas. Confiança em Deus, portanto, é fundamental. Sem ela, perderíamos a esperança e a vida ficaria sem sentido.

O amor de Deus é tamanho que Ele não deixaria nenhum de seus filhos sem amparo. Ele provê a todas as nossas necessidades. Do seu jeito, é bem verdade, mas provê, porque Ele sabe, mais do que ninguém, o que é importante para as nossas vidas.

Confiar é fundamental, mas confiar de verdade. Deixar que a vida nos leve para onde deve nos levar, mesmo que não entendamos de início até onde vai aquela situação toda.

Permaneça sempre nos seus pensamentos confiantes que o amanhã será um novo dia de oportunidades. Deus provê e tudo dará certo. Basta confiar. O problema é que nossa fé ainda é diminuta, é muito pequena. Se pelo menos tivéssemos a fé do tamanho de um grão de mostarda já era grande coisa, mas nem isso possuímos.

Jogar a nossa vida nas mãos de Deus é atitude de sabedoria e não é apenas um comportamento de fé. Ciente da onisciência e onipresença do Altíssimo,devemos confiar que Ele saiba o que seja melhor para nós. “Ah, homens de pouca fé, até quando estarei entre vós” (MT 8,26), alertava o Mestre Galileu quando estava conosco. Jesus sabia da pequenez da nossa fé, mas acreditou nos homens depositando um desafio. O desafio de superar a nossa incredulidade.

Tivéssemos essa fé do tamanho de um grão de mostarda quantos prodígios poderíamos produzir... Mas Deus confia no homem. Ele sabe que o homem pode alcançar alturas que ele sequer imagina por enquanto. Temos medo de nos assumir na nossa grandeza divina, nos acanhamos diante da imensidão de possibilidades que somos detentores.

Façamos a nossa parte enquanto estivermos a caminho, asseverava o Nosso Senhor, e um destes compromissos maiores é o desenvolvimento da nossa fé, desta confiança inquebrantável de que Deus protege as nossas vidas e, por esta razão, nada nos faltará.

Carregamos em nós o gérmen do bem e do amor, o que, por si só, já nos garante um futuro grandioso. Sendo assim, sejamos, conforme Jesus foi, um intermediário de Deus na Terra, fazendo das nossas vidas um depoimento vivo de suas verdades e de sua fé.

Imaginemos o Nosso Senhor no momento mais difícil do Calvário, fruto das maiores injustiças e da cobiça dogmática dos fariseus e, mesmo assim, torturado, manteve-se inalterado no seu comportamento e sereno no seu semblante, porque tinha fé, a fé verdadeira, que vence a tudo e a todos.

Aprendamos com o Nosso Senhor e conduzamos as nossas vidas para a luz para a verdade.

Que Nosso Senhor nos proteja e fortaleça a nossa fé!


Trecho do livro “ Novas Utopias” de Carlos Pereira ditado pelo espírito de Dom Helder Câmara, capítulo 5.

Um desafio chamado FAMÍLIA

“Aquele dentro vós que estiver sem pecado, atire a primeira pedra” (João, 8:7)

Todos carregamos nossas imperfeições através das vidas sucessivas. Portanto, urge a necessidade de uma profunda reciclagem no nosso mundo íntimo. Mudar tudo que por certo possa ter sido útil no passado, mas que hoje necessita de uma diretriz mais adequada ao nosso tempo.
Nesta jornada evolutiva, encontramos na vida em família o primeiro recurso para o burilamento íntimo. E é forçoso compreender os meios divinos à nossa disposição para vencer esses árduos momentos de nossa evolução; e o lar é a melhor escola.
O sucesso na vida a dois vem da capacidade de duas ou três vezes ao dia calar ao invés de falar.
A cada um de nós depende encontrar o ponto de equilíbrio e conquistar a felicidade.
Quanto maior o problema, maior o mérito. Quando o coração aprende a suportar as agruras da vida, flui a essência pura do divino amor.
Rodolfo Calligharis no livro “A Vida em Família”, página 89, informa:
“A bem da felicidade comum, cada um dos cônjuges precisa sacrificar um pouco de seu “eu” para que o “nós” se fortaleça e se torne cada vez mais agradável.
E a primeira coisa que deve ser cultivada, de parte a parte, para que isso aconteça, é o dom de perdoar.
Atritos, discussões, mal-entendidos, etc., são episódios até certo ponto normais na vida de um casal e, se não houver compreensão e tolerância recíprocas, no sentido de minimizá-los e superá-los, o lar acabará deixando de ser um reduto de amor, de paz e de alegria, para transformar-se em campo de beligerância, fria ou quente, mas, de qualquer maneira, deprimente e deplorável.”
Nosso lar precisa ser um recanto harmonioso, que ofereça abrigo a um clima de perfeita alegria. Se pensamento é força criadora, ilógico será sustentarmos no nosso campo emocional pensamentos negativos.
A Doutrina Espírita sustenta-nos com vasto conhecimento. Cultivemos o melhor, para melhor acesso às mentes que comungam com o bem.
Por certo contamos com a ajuda constante de amigos espirituais, a inspirar-nos, competindo-nos aceitar tão salutares sugestões para o pleno êxito de nossos compromissos.
“Aprendam primeiro a exercer piedade para com a sua própria família e a recompensar seus pais, porque isto é bom e agradável diante de Deus”. Paulo ( I Timóteo, 5;4)
a luta em família é problema fundamental da redenção do homem na Terra.
Como seremos benfeitores de cem ou mil pessoas, se ainda não aprendemos a servir cinco ou dez criaturas? Esta é uma indagação lógica que se estende a todos os discípulos sinceros do Cristianismo.
Bom pregador e mau servidor são dois títulos que não se coadunam.
O apóstolo aconselha o exercício d piedade no centro das atividades domésticas, entretanto, não alude à piedade que chora sem coragem ante os enigmas aflitivos, mas àquela que conhece as zonas nevrálgicas da casa e se esforça por eliminá-las, aguardando a decisão divina a seu tempo.
Conhecemos numerosos irmãos que se sentem sozinhos, espiritualmente, entre os que se lhes agregaram ao círculo pessoal, através dos laços consangüíneos, entregando-se, por isso, a lamentável desânimo.
É imprescindível, contudo, examinar a transitoriedade das ligações corpóreas, ponderando que não existem uniões casuais no lar terreno. Preponderam aí, por enquanto, as provas salvadoras ou regenerativas. Ninguém despreze, portanto, esse campo, esse campo sagrado de serviço de serviço por mais se sinta acabrunhado na incompreensão. Constituiria falta grave esquecer-lhe as infinitas possibilidades de trabalho iluminativo.
É impossível auxiliar o mundo, quando ainda não conseguimos ser úteis nem mesmo a uma causa pequena, aquela em que a Vontade do Pai nos situou, a título precário.
Antes da grande projeção pessoal na obra coletiva, aprenda o discípulo a cooperar, em favor dos familiares, no dia de hoje, convicto de que semelhante esforço representa realização essencial. (Do livro “Pão Nosso”, de Emmanuel, psicografia de Francisco C6andido Xavier).
Estamos fartamente esclarecidos sobre nossas responsabilidades, e é bom recordarmos o sábio provérbio:
“Temos conosco cinco por cento de inspiração. Compete-nos oferecer noventa e cinco por cento de transpiração. Compete-nos oferecer noventa e cinco por cento de transpiração”
Vale lembrar que todos estamos na terra com a permissão de DEUS. Recordemos os ensinos do CRISTO: "A ninguém é dado fardos além de suas forças".

Marcelino Pereira da Cunha

Fontes: Notícias da Mocidade - Maio/2000 e Site Universo Espírita - www.universoespirita.org.br

domingo, 7 de junho de 2009

“O Semeador de Estrelas" (Trecho)

Um dia, perguntei ao Dr. Bezerra de Menezes, qual foi a sua maior felicidade quando chegou ao plano espiritual.

Ele respondeu-me:

- A minha maior felicidade, meu filho, foi quando Celina, a mensageira de Maria Santíssima, se aproximou do leito em que eu ainda estava dormindo, e, tocando-me, falou, suavemente:

- Bezerra, acorde, Bezerra!

Abri os olhos e vi-a, bela e radiosa.

- Minha filha, é você, Celina?!

- Sim, sou eu, meu amigo.

A Mãe de Jesus pediu-me que lhe dissesse que você já se encontra na Vida Maior, havendo atravessado a porta da imortalidade. Agora, Bezerra, desperte feliz.

Chegaram os meus familiares, os companheiros queridos das hostes espíritas que me vinham saudar.

Mas, eu ouvia um murmúrio, que me parecia vir de fora.

Então, Celina, me disse:

- Venha ver, Bezerra.

Ajudando-me a erguer-me do leito, amparou-me até uma sacada, e eu vi, meu filho, uma multidão que me acenava, com ternura e lágrimas nos olhos.

- Quem são, Celina? perguntei-lhe ?

- não conheço a ninguém.

Quem são? São aqueles a quem você consolou, sem nunca perguntar-lhes o nome. São aqueles Espíritos atormentados, que chegaram às sessões mediúnicas e a sua palavra caiu sobre eles como um bálsamo numa ferida em chaga viva; são os esquecidos da Terra, os destroçados do mundo, a quem você estimulou e guiou. São eles, que o vêm saudar no pórtico da eternidade...

E o Dr. Bezerra concluiu:

A felicidade sem lindes existe, meu filho, como decorrência do bem que fazemos, das lágrimas que enxugamos, das palavras que semeamos no caminho, para atapetar a senda que um dia percorreremos.

Extraído do Livro “O Semeador de Estrelas" de Suely Caldas Schubert.

sábado, 6 de junho de 2009

O SEMEADOR E A SEMENTEIRA

A sabedoria de Jesus pode ser constatada na análise séria de todos os Seus ensinos.

Suas parábolas simples eram portadoras de graves alertas para todas as criaturas.

Uma delas é a parábola do semeador, da qual vamos fazer uma breve análise.



Jesus fala que o semeador saiu a semear. E, semeando, uma parte das sementes caiu ao longo do caminho e os pássaros vieram e comeram.

Outra parte caiu em lugares pedregosos onde não havia muita terra; as sementes logo brotaram, mas veio o sol e as queimou, e como não tinham raízes, secaram.

Outra parte das sementes caiu entre espinheiros e estes, crescendo, as abafaram.

Outra parte, finalmente, caiu em terra boa e produziu frutos, dando algumas sementes cem por um, outras sessenta e outras trinta. E, por fim, Jesus recomenda: "ouça quem tem ouvidos de ouvir."

Essa parábola exprime perfeitamente a maneira pela qual cada pessoa recebe os ensinos do Evangelho.

Importante considerar que, quando Jesus fala da terra, está simbolizando o terreno espiritual dos corações humanos. E o semeador não escolhe o terreno mas espalha os ensinamentos para todos, sem distinção.

As sementes que caem à beira do caminho e os pássaros comem, simbolizam os ensinos que são trazidos e cujos ouvintes não dão a mínima atenção. Rapidamente se desvanecem no ar.

Quantas pessoas há para as quais os ensinamentos do Cristo não passam de letra morta e que, como as sementes caídas sobre o pedregulho, nenhum fruto dão.

São almas empedernidas que, por livre vontade, se fazem refratárias aos chamamentos do Bem.

As sementes que caem entre os espinheiros, são como as verdades que ouvimos e que nos parecem lógicas e coerentes, mas que se perdem entre os espinheiros dos vícios, que logo se sobressaem e abafam as sementes do bem ali lançadas, matando-as.

São os nossos interesses imediatos que falam alto e sufocam qualquer semente boa.

Mas o Mestre fala das sementes que caíram em terra boa e produziram muitos frutos.

São os homens de boa vontade, cujo coração está preparado para receber as sementes da Boa Nova de Jesus, fazendo-as germinar e dar bons resultados.

O que ressalta em todas os ensinos do Homem de Nazaré, é o respeito ao livre-arbítrio das criaturas.

Em vários momentos Ele deixa isto bem claro. E esse respeito está expresso ao final desta parábola, quando ele diz: "ouça quem tem ouvidos de ouvir."

Sabia Ele que todos temos ouvidos, mas nem todos desejamos ouvir, pois ouvindo não podemos mais alegar ignorância para justificar nossos equívocos.

Em outro momento Ele diz: "quem quiser vir após mim, tome de sua cruz, negue-se a si mesmo e siga-me".

Deixa muito bem claro que não há imposição, mas convite.

Pense nisso!

Do seu sim a Deus depende a sua felicidade.

Ninguém pode ser feliz por você, ninguém pode sofrer por você. Ninguém pode receber as boas sementes por você.

Você é o único arquiteto do seu passado, presente e futuro.

E nunca nos esqueçamos de que Jesus assegurou que "cada um recebe conforme suas obras."


Autor:
Redação do Momento Espírita
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segunda-feira, 1 de junho de 2009


Linda era uma modelo famosa. Requisitada e disputada, conseguia contratos milionários. Apesar do dinheiro, da fama e da beleza, ela não era feliz.

Sentia um imenso vazio por dentro. Sofria de pavor, ansiedade e insônia. Pensou em tomar medicamentos. Alguns amigos aprovaram, outros não.

Ela decidiu procurar outras terapias. Assinou contratos que jamais havia sonhado. Trabalhava muito, mas continuava atormentada.

Um dia, pela manhã, indo de carro para o trabalho, pelo caminho costumeiro, o trânsito parou. Um guarda estava desviando todo o trânsito para uma ruazinha estreita, porque um encanamento havia rompido na avenida principal.

Dirigindo lentamente pela rua desconhecida, ela passou em frente a uma igreja. Um cartaz, escrito à mão, dizia: "Sem Deus não há paz. Conheça Deus, conheça a paz. Todos são bem-vindos".

Ela achou estranho e seguiu em frente. No dia seguinte, fazendo o mesmo trajeto, o trânsito parou. Um incêndio em uma loja fez com que, outra vez, o trânsito fosse desviado por aquela mesma ruazinha.

"De novo!", pensou Linda. E passou outra vez pela igreja. Lá estava o cartaz, que agora lhe pareceu atraente.

De dentro do carro, espiou o interior da igreja.

No terceiro dia, ela pensou em mudar de trajeto. Mas achou que estava sendo muito boba. Afinal, qual era a probabilidade de, em três dias seguidos, acontecer o desvio do trânsito, no mesmo local?

"Vai ser um teste", pensou. "Se acontecer alguma coisa e o trânsito for desviado, vou ter certeza de que é um sinal".

Quando ela chegou na avenida, lá estavam os policiais outra vez. "Um grande acidente", explicou um dos policiais, desviando o trânsito, para a já conhecida ruazinha.

"É demais", falou Linda, consigo mesma. Estacionou o carro e entrou na igreja. Lá dentro, havia apenas um padre. Ele ergueu os olhos, olhou para ela com um sorriso e perguntou:

"Por que demorou tanto?" - Ele havia visto o carro de Linda passar ali nos três dias. Eles conversaram muito e como resultado, Linda passou a freqüentar a pequena igreja.

Encontrou a paz e a serenidade que estava esperando. Exatamente como dizia o cartaz. Ela precisava de Deus na sua vida. E, sem dúvida, fora Deus que providenciara para que, de alguma forma, entendesse que ela precisava voltar-se para Ele, alimentar o seu espírito com a fé, a esperança e o amor.

* * *

A Providência Divina sempre se faz presente em nossas vidas. Ocorre que, nem sempre, estamos de olhos e ouvidos atentos para perceber e entender.

Filhos bem-amados do Criador, não podemos esquecer de buscar o amparo desse Pai amoroso e bom, para que Nele encontremos o nosso refúgio seguro.

Muitos O procuram nas igrejas, nos templos. Outros, nos livros. Alguns tentam o coração do próximo para ver se ali descobrem Deus.

Em verdade, muitos são os caminhos, mas o encontro verdadeiro se dá portas adentro do nosso coração.

Autor:
Texto da Redação do Momento Espírita com base no texto Linda Valentine, do livro Pequenos milagres, de Yitta Halberstam e Judith Leventhal, ed. Sextante e da introdução do livro Paz íntima, do Espírito Eros, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.


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