quarta-feira, 24 de junho de 2009

Um desafio chamado FAMÍLIA

“Aquele dentro vós que estiver sem pecado, atire a primeira pedra” (João, 8:7)

Todos carregamos nossas imperfeições através das vidas sucessivas. Portanto, urge a necessidade de uma profunda reciclagem no nosso mundo íntimo. Mudar tudo que por certo possa ter sido útil no passado, mas que hoje necessita de uma diretriz mais adequada ao nosso tempo.
Nesta jornada evolutiva, encontramos na vida em família o primeiro recurso para o burilamento íntimo. E é forçoso compreender os meios divinos à nossa disposição para vencer esses árduos momentos de nossa evolução; e o lar é a melhor escola.
O sucesso na vida a dois vem da capacidade de duas ou três vezes ao dia calar ao invés de falar.
A cada um de nós depende encontrar o ponto de equilíbrio e conquistar a felicidade.
Quanto maior o problema, maior o mérito. Quando o coração aprende a suportar as agruras da vida, flui a essência pura do divino amor.
Rodolfo Calligharis no livro “A Vida em Família”, página 89, informa:
“A bem da felicidade comum, cada um dos cônjuges precisa sacrificar um pouco de seu “eu” para que o “nós” se fortaleça e se torne cada vez mais agradável.
E a primeira coisa que deve ser cultivada, de parte a parte, para que isso aconteça, é o dom de perdoar.
Atritos, discussões, mal-entendidos, etc., são episódios até certo ponto normais na vida de um casal e, se não houver compreensão e tolerância recíprocas, no sentido de minimizá-los e superá-los, o lar acabará deixando de ser um reduto de amor, de paz e de alegria, para transformar-se em campo de beligerância, fria ou quente, mas, de qualquer maneira, deprimente e deplorável.”
Nosso lar precisa ser um recanto harmonioso, que ofereça abrigo a um clima de perfeita alegria. Se pensamento é força criadora, ilógico será sustentarmos no nosso campo emocional pensamentos negativos.
A Doutrina Espírita sustenta-nos com vasto conhecimento. Cultivemos o melhor, para melhor acesso às mentes que comungam com o bem.
Por certo contamos com a ajuda constante de amigos espirituais, a inspirar-nos, competindo-nos aceitar tão salutares sugestões para o pleno êxito de nossos compromissos.
“Aprendam primeiro a exercer piedade para com a sua própria família e a recompensar seus pais, porque isto é bom e agradável diante de Deus”. Paulo ( I Timóteo, 5;4)
a luta em família é problema fundamental da redenção do homem na Terra.
Como seremos benfeitores de cem ou mil pessoas, se ainda não aprendemos a servir cinco ou dez criaturas? Esta é uma indagação lógica que se estende a todos os discípulos sinceros do Cristianismo.
Bom pregador e mau servidor são dois títulos que não se coadunam.
O apóstolo aconselha o exercício d piedade no centro das atividades domésticas, entretanto, não alude à piedade que chora sem coragem ante os enigmas aflitivos, mas àquela que conhece as zonas nevrálgicas da casa e se esforça por eliminá-las, aguardando a decisão divina a seu tempo.
Conhecemos numerosos irmãos que se sentem sozinhos, espiritualmente, entre os que se lhes agregaram ao círculo pessoal, através dos laços consangüíneos, entregando-se, por isso, a lamentável desânimo.
É imprescindível, contudo, examinar a transitoriedade das ligações corpóreas, ponderando que não existem uniões casuais no lar terreno. Preponderam aí, por enquanto, as provas salvadoras ou regenerativas. Ninguém despreze, portanto, esse campo, esse campo sagrado de serviço de serviço por mais se sinta acabrunhado na incompreensão. Constituiria falta grave esquecer-lhe as infinitas possibilidades de trabalho iluminativo.
É impossível auxiliar o mundo, quando ainda não conseguimos ser úteis nem mesmo a uma causa pequena, aquela em que a Vontade do Pai nos situou, a título precário.
Antes da grande projeção pessoal na obra coletiva, aprenda o discípulo a cooperar, em favor dos familiares, no dia de hoje, convicto de que semelhante esforço representa realização essencial. (Do livro “Pão Nosso”, de Emmanuel, psicografia de Francisco C6andido Xavier).
Estamos fartamente esclarecidos sobre nossas responsabilidades, e é bom recordarmos o sábio provérbio:
“Temos conosco cinco por cento de inspiração. Compete-nos oferecer noventa e cinco por cento de transpiração. Compete-nos oferecer noventa e cinco por cento de transpiração”
Vale lembrar que todos estamos na terra com a permissão de DEUS. Recordemos os ensinos do CRISTO: "A ninguém é dado fardos além de suas forças".

Marcelino Pereira da Cunha

Fontes: Notícias da Mocidade - Maio/2000 e Site Universo Espírita - www.universoespirita.org.br

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