No dia 16 de Maio do corrente ano, foi proferida a 1ª palestra do C.E.O cujo tema foi “Familiares Difíceis” Resgates Necessários” e teve como palestrante Josineide Medeiros Almeida Instituto Espírita de Pedagogia e Evangelização Sheilla, da cidade de Campina Grande – Pb.
Em resumo, podemos dizer que o problema dos relacionamentos em família tem sido uma constante na vivência em comum, na Terra. Esposos em desarmonia, filhos e pais em desacordo, parentes que se queixam de familiares diversos, pessoas que se haviam amado no círculo doméstico e acabam por se separar umas das outras, ainda que se mantendo sob o mesmo teto.
Conturbações de tal ordem chegam a ser corriqueiras, sendo mesmo difícil apontar uma só família que não viva ou não tenha vivido algum tipo de drama. Mas, ainda assim, a maioria das pessoas continua a ignorar as reais causas dessas situações, sem saber enfrentá-las ou resolvê-las satisfatoriamente.
as famílias pelos laços espirituais
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e as famílias pelos laços corporais.
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O filósofo e professor José Herculano Pires, profundo conhecedor dos problemas humanos e da doutrina Espírita, explica-nos que "os familiares desagradáveis de hoje são o que deles fizemos ontem”.
Nada acontece por acaso, sem razão, em nossas vidas. Por isso diz Emmanuel: Se a criatura que te compartilha transitoriamente o destino não é aquela que imaginaste e sim alguém que te impõe difícil tarefa a realizar, observa que a união de ambos não se efetuaria sem fins justos e dá de ti quanto possível para que essa mesma criatura venha a ser como desejas. 'Talvez o contato deles agora nos desagrade pela tisna de sombra que já deixamos de ter ou de ser'.
“Quando os filhos causam desgostos aos pais, não têm estes desculpa para o fato de lhes não dispensarem a ternura. Isso representa um encargo que lhes é confiado e a missão deles consiste em se esforçarem por encaminhar os filhos para o bem. Demais, esses desgostos são, amiúde, a conseqüência do mau feitio que os pais deixaram que seus filhos tomassem desde o berço. Colhem o que semearam.” (Emanuel)
Nesta própria existência terrena isso acontece com freqüência.
Ao nos tornarmos adultos, não suportamos as peraltices das crianças, sem nos lembrarmos das que também já fizemos quando crianças.
Ao nos enriquecermos, não toleramos os peditórios ou a incapacidade dos parentes pobres, esquecidos do que fazíamos quando necessitados.
Ao adquirirmos conhecimentos, não suportamos nos outros a ignorância em que ontem vivíamos.
Educamos mal os nossos filhos e muitas vezes os deseducamos a gritos e pancadas. Mas quando eles crescem não suportamos o seu comportamento desrespeitoso, pelo qual somos responsáveis. Não os corrigimos em criança nem os ajudamos na adolescência, mas os fizemos desorientados e depois não os toleramos.
Nas vidas sucessivas, através das reencarnações, procedemos também dessa maneira. E quando eles voltam ao nosso convívio (na escola redentora do lar) não queremos aceitar e muito menos corrigir os seus defeitos.
Na verdade, se não os aceitamos hoje como são, teremos de aceitá-los amanhã, pois as leis da vida exigem, segundo ensinou Jesus, que nos entendamos com os companheiros 'enquanto estivermos a caminho com eles'. (RECONCILIA-TE COM TEU ADVERSÁRIO, ENQUANTO ESTÁS A CAMINHO COM ELE) A fuga aos deveres atuais será paga mais tarde com os juros devidos. Usando o livre-arbítrio podemos rejeitá-los hoje, mas a contabilidade divina anotará o nosso débito para depois, com os acréscimos legais".
Situação semelhante ocorre com os cônjuges. Com freqüência, tumultos da vida familiar se originam da conduta daqueles que se valem dos títulos domésticos para menosprezar ou ferir o outro. Fazem, amiúde, presentemente na Terra, o mesmo que lhes fizemos em outras épocas. Os defeitos que mostram não passam de resultados das lesões espirituais causadas por nós mesmos, em tempos outros, quando lhes orientávamos a existência nas trilhas da evolução.
Ensina-nos Emmanuel: "Atentos ao princípio de livre-arbítrio que nos rege a vida espiritual, é claro que ninguém te impede de cortar laços, sustar realizações, agravar ou delongar compromissos”.
O divorcio é medida perfeitamente compreensível e humana, toda vez que os cônjuges se confessam à beira da delinqüência, conquanto se erija moratória do débito para resgate em novo nível. E o afastamento de certas ligações é recurso necessário em determinadas circunstâncias, a fim de que possamos voltar a elas, algum dia, com o proveito preciso.
Reflete, porém, que a existência na Terra é um estágio educativo ou reeducativo. Somente poderemos nos redimir de nossas faltas passadas, muitas vezes sabendo perder para realmente vencer, através do amor com que amamos, e não pelo amor com que esperamos ser amados.
Segundo princípio básico da lei divina, "somos livres para semear, mas obrigados à colheita". "Alguém que tenha plantado em sua lavoura milho, de forma alguma poderá desejar colher arroz ou outro tipo de cereal. “A cada um, segundo suas obras”, ensinou Jesus.
Portanto precisamos nos cuidar para plantarmos boas sementes a fim de que a colheita seja de alegrias e felicidades, aqui e na vida espiritual.
Os estabelecimentos de ensino, propriamente do mundo, podem instruir, mas só o instituto da família pode educar. É por essa razão que a universidade poderá fazer o cidadão, mas somente o lar pode edificar o homem.
Emmanuel - (Consolador) [55 - página 133]
Ø Por que existem pais em antagonismo com os filhos?
Ø Por que se desfazem matrimônios respeitáveis, sob o pretexto de que terá secado a fonte da afeição de um cônjuge para com o outro?
Ø Por que se esfria o devotamento entre pessoas que se estimaram durante longo tempo de convivência?
Ø Por que determinadas mães contrariamente aos princípios da natureza, enjeitam os próprios filhos?
Ø Por que o ódio entre irmãos consangüíneos que se amavam enternecidamente na infância e não mais se suportam na posição de adultos?
Ø Por que aparecem criaturas que detestam a família em que nasceram?
Debalde se improvisam teorias, à base do materialismo, para a definição de semelhantes fenômenos.
Só a reencarnação possui lógica suficiente para explicá-los.
E unicamente as lições do Cristo são claras na orientação da existência de cada um, a fim de que não venhamos a perder o ensejo de aprender:
a humildade e a compreensão,
a tolerância e a brandura construtiva, em regime de reciprocidade, na conquista do amor.
Referências:
Édo Mariani - Jornal verdade e Luz – Março/2005 (site: terraespiritual.com.br)
Evangelho Segundo o Espiritismo:
- item 8 do capítulo XIV: Parentesco corporal e parentesco espiritual
- item 9 do capítulo XIV: Ingratidão dos filhos e os laços de família (mecânica dos pagamentos de dívidas morais através das reencarnações)
Emanuel – Livro: Neste Instante
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